Medicamento Veterinário Manipulado: Cuidado personalizado para seu pet.

Medicamento Veterinário Manipulado: Cuidado personalizado para seu pet.

Conheça a história da Farmácia Magistral e descubra os benefícios da manipulação para o tratamento animal.

A história da farmácia e da medicina veterinária remontam a vários milênios. O homem primitivo para manter a sua saúde e mitigar as doenças, buscava nos três reinos da natureza substâncias destinadas à estas finalidades. Empiricamente, as substâncias eram administradas, e aquelas que tinham capacidade de curar as doenças, eram separadas como remédios; enquanto aquelas que manifestavam toxicidade eram separadas como venenos.

No Egito antigo em 1555 a.C foi escrito um papiro, que era uma descrição dos medicamentos da época, com indicações, técnicas de preparo e posologias. Este papiro foi encontrado em 1862 na cidade de Luxor, e vendido ao egiptólogo alemão Georg Ebers, cujo nome foi dado ao papiro. O papiro de Ebers era muito bem conservado, com 20,23m de comprimento e continha cerca de 700 formulações. A primeira frase do papiro é: “Aqui começa o livro de produção dos remédios para todas as partes do corpo”.

Os Árabes e Gregos também influenciaram o desenvolvimento da farmácia. No Brasil, alguns relatos mostram que o primeiro boticário oficial foi Diogo de Castro, que veio na comitiva do primeiro governador geral do Brasil, Tomé de Souza.

Porém, Diogo de Castro pouco realizou, pois não existem registros de sua atuação de boticário no Brasil. Em 1553, na esquadra de Duarte da Costa, segundo governador geral do Brasil, veio o noviço José de Anchieta, com 20 anos incompletos, para auxiliar o Padre Manuel da Nóbrega. José de Anchieta realizou uma obra epopéica na Farmácia. Fundou as boticas da Santa Casa de São Vicente, da Santa casa do Rio de Janeiro, do Colégio dos Jesuítas de Salvador, e do Grão Pará. Anchieta foi efetivamente o primeiro boticário do Brasil e muito colaborou para a evolução da Farmácia em nosso país.

A veterinária também existe há alguns milênios e a sua história é admirável. Salihotra na Índia, talvez o mais antigo veterinário do mundo, escreveu um tratado sobre a anatomia de Cavalos e de elefantes, ele é o patrono da medicina veterinária na índia. O rei Asoka, na Índia, ordenou em 250 a.C, a construção do primeiro hospital veterinário. O código de Hamurabi, que foi um grande rei e legislador da Babilônia (1728 – 1686 a.C), estabeleceu normas para médicos humanos e veterinários, determinando inclusive os honorários destes profissionais.

O parágrafo 224, do código de Hamurabi cita: “Se um veterinário tratar de um ferimento grave de um boi, ou de um jumento, salvando-lhe a vida; o dono do boi ou do jumento deverá recompensar o médico com a sexta parte de um chequel de prata, como honorário”. Parágrafo 225; “Se um veterinário fizer uma cirurgia em um asno, ou um boi, e matar o animal, ele deverá pagar ao dono a quarta parte do valor do animal que morreu”.

Na França, Luiz XVI assinou o édito real que autorizava a criação de uma escola médico-veterinária, onde se ensinavam publicamente os princípios e os métodos de tratar as doenças dos animais.  Em 1764, a escola se transformou na École Royale Vétérinaire, sob a direção de Claude Bourgelat. Somente depois do início do século XX, é que foram criadas as escolas de Veterinária no Brasil, e o primeiro veterinário brasileiro foi Dyonísio Meilli, que colou grau em 13 de novembro de 1915 na Escola de Agronomia e Veterinária de Olinda, Pernambuco.

O termo veterinário, segundo o filólogo Aryvaldo Santos Pereira do Rio de Janeiro, tem a sua origem do Latim, VETUS; “velho, idoso”, de onde vieram também as palavras “vetusto” e “veterano”. Os animais do exército romano, quando passada a idade em que ainda podiam ser úteis em campanha, eram recolhidos a um lugar para poderem desfrutar de um merecido descanso. O pessoal que cuidava desses “velhos”, desses “veteranos” eram chamados de VETERINARII. Como isso incluía também dar atenção à saúde dos bons quadrúpedes, a partir daí se criou o nome dessa bonita profissão.

Na década de 90, houve uma tentativa de aproximação da Farmácia Magistral com a Veterinária, porém o número de farmácias de manipulação naquela época era muito pequeno e o número de veterinários também. Somente depois de 2004, com o decreto federal Nº 5053, que estipula a comercialização e manipulação de produtos veterinários, e a Instrução Normativa (IN11/2005) do MAPA, que estipula regulamento técnico para registro e fiscalização de estabelecimentos que manipulam produtos de uso veterinário; e o regulamento de boas práticas de manipulação de produtos veterinários, é que aumentou o número de Farmácias Veterinárias.

Entretanto, a maioria das farmácias ainda desconhece a veterinária; e a maioria dos veterinários também desconhece a Farmácia de Manipulação Veterinária. Entre as várias vantagens do medicamento manipulado podemos citar:

– O medicamento é preparado conforme a prescrição do médico veterinário, de acordo com a espécie e o peso do animal. Isto significa a individualização do medicamento.

– O tutor não precisa fracionar comprimidos, uma vez que o medicamento já é manipulado na dose exata prescrita, em cápsulas ou outra forma farmacêutica adequada.

– A quantidade de medicamento prescrita é manipulada na quantidade exata para o período de tratamento estipulado pelo médico veterinário, não permitindo a sobra de medicamento. Isto traduz economia para o tutor que adquire a quantidade exata do medicamento.

– A Farmácia de manipulação oferece ao médico veterinário formas farmacêuticas alternativas como biscoitos, pasta, géis e cremes para absorção transdérmica (aplicação na pele, para ser absorvida pela circulação).

– Fármacos que não estão disponibilizados devido à impossibilidade de fabricação, como algumas formas orais líquidas para gatos e cachorros, gel transdérmico para gatos, entre outros; são de domínio exclusivo da farmácia de manipulação veterinária.

A experiência de vários anos com a manipulação de ativos em veterinária é muito significante, e obedece todos os critérios para melhorar a biodisponibilidade (absorção do fármaco de forma segura) dos medicamentos.

Com estas considerações, afirma-se que um medicamento veterinário manipulado por uma farmácia apta para esta atividade, funciona de forma responsável e garante o melhor tratamento para o pet.

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